
Quem nunca ouviu falar de "rapaziadas", por exemplo, vai descobrir no recital de piano do Teatro Cultura Artística do Itaim que era uma forma musical de homenagear o bairro no início do século passado. "O gênero é a típica valsa-choro", conta André Mehmari, de 35 anos, pianista e arranjador para orquestras de câmara como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), que participa da apresentação. "Eu conhecia a Rapaziada do Brás, que é um choro famoso, mas não sabia que existiam outras, como as da Mooca, Penha, Cambuci, centro, Ipiranga e Belém."
Quem estiver na Vila Madalena, na zona oeste, terá a chance de ver a 2.ª Mostra São Paulo de Fotografia, que reúne 300 imagens, espalhadas em 24 restaurantes, bares e centros culturais. "A vila é um bairro onde se pode sair a pé, descobrindo coisas novas", diz o curador da exposição, Fernando Costa Neto.
O visitante vai poder ver as várias cidades que existem dentro de uma só. O coletivo Na Lata mostra a aldeia indígena Tekoa Pyau, no Jaraguá. Já o fotógrafo Tuca Vieira registrou o último dia de funcionamento do Gemini, cinema clássico da Avenida Paulista que fechou no fim do ano passado.
Nos Jardins, zona sul, o projeto N.A.U, bar itinerante montado em contêineres marítimos, inaugura amanhã espaço para exposições com a mostra de fotos das obras de Osvaldo Junior, o Juneca, artista plástico e ícone do grafite nos anos 1980. Amanhã também é dia de cantos gregorianos, no Museu da Casa Brasileira, nos Jardins, e de Grande Prêmio no Jockey Club. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Estadão - Agência Estado)