quarta-feira, 23 de março de 2011

"Astrid Fontenelle se identifica com história de menina em aeroporto"

Apresentadora busca histórias emocionantes no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no programa Chegadas e Partidas, do GNT

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, recebe cerca de 100 mil pessoas por dia para embarque e desembarque. Cada uma delas com uma história diferente. A missão de Astrid Fontenelle, em seu programa no canal pago GNT, o Chegadas e Partidas - que estreia nesta quarta-feira (23), às 21h30 - , é justamente garimpar e contar os casos mais emocionantes.

“O grande lance foi a sacada de que ali, naquela situação de aeroporto, existe um caldeirão de emoções, e botar uma câmera ali poderia trazer um bom programa de televisão”, diz Astrid, que foi chamada para esta empreitada justamente pela sua sensibilidade emocional. “Quando a Letícia (Muhana, diretora do canal) me chamou para fazer esse programa, eu avisei que ia chorar. Daí ela disse: ‘você acha que eu te chamei pra fazer esse programa por quê?’”

Astrid diz que não faz esforço para segurar as lágrimas e, quando percebe, tem sempre alguém da sua produção a acompanhando no choro.

Entre as entrevistas gravadas, uma em especial chamou a atenção da apresentadora, sobre uma menina de 23 anos que estava esperando o pai, o qual ela não via há 20 anos. Astrid, que conheceu o pai só aos 16 anos, se colocou no lugar da personagem.

“Ela contou a história dela, que é muito parecida com a minha. Não o início, porque a mãe dela havia escondido do pai que estava grávida, só falou quando a menina já tinha oito meses e ele já estava indo morar fora. E minha mãe se separou do meu pai quando eu tinha seis meses, só fui reecontrar ele com 16 anos. Então, eu sabia o que ela estava sentindo, eu sabia o que era quando ela falava ‘eu não sei por que gosto tanto dele’. Eu senti aquilo”, conta Astrid.

Diferente da menina, a apresentadora não encontrou o pai no aeroporto, mas na esquina de sua antiga casa. Mas Astrid tem sua própria recordação de um embarque que a emocionou. “Já tive embarques tristes e outros felizes, como quando cheguei a São Paulo com meu filho no colo e a madrinha dele estava me esperando. Só que não tinha ninguém com a câmera ligada lá”, diz.

Cordão umbilical

Outra história que ficou na memória de Astrid é a de uma mãe, que estava embarcando o filho que ia jogar futebol na Hungria. “Ela chorava tanto, e eu falava: ‘mas a gente não cria filho pro mundo?’, e ela: ‘eu sei, ele tem que seguir a vida dele, mas é como...’. Eu disse: ‘é como estivesse cortando o cordão umbilical’. Aí ela desabou”, lembra.

Astrid confessa que teme passar pela mesma situação com seu filho, Gabriel, que hoje tem 2 anos e meio. “Isso me faz pensar muito. Com certeza eu vou chorar!”, prevê.

(Ofuxico)

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