O drama pessoal e coletivo dos profetas, porta-vozes, padres e pastores que anunciam e divulgam Jesus é que não conseguem ser quem pretendem ser o tempo todo. Há momentos em que o pregador esquece que é pregador e acaba derrubado pela vaidade, pelo excesso de auto exposição, pela ênfase no dinheiro, pelo sexo, pela cervejinha além da conta, pela opinião apressada e não pensada.
Como Igrejas não são para anjos nem de anjos, também seus líderes e porta-vozes não o são. Carregam o tesouro da mensagem cristã em vasos de barro que são eles mesmos. Isso explica os graves desvios e deslizes, história adentro, de cardeais, papas, bispos, padres, pastores, fundadores de Igrejas e movimentos dos quais temos notícia no passado e no presente. É bem mais fácil falar de maneira entusiasmada e convincente sobre Jesus do que viver como Jesus viveu.
A dor das Igrejas foi, é e será a incoerência dos seus pregadores e dos seus fiéis. Gostamos mais do Cristo que nos convém do que do Cristo que nos vem. E é por isso que toda e qualquer igreja que se proclamar cristã terá que ser uma Igreja penitente.
Confira no vídeo a seguir com Padre Zezinho cantando "Utopia" ...