Eduardo Costa é um caso raro de artista solo que se deu muito bem no cenário da música sertaneja, onde as duplas costumam dar as cartas.
Para chegar a seu estágio atual, com mais de 160 shows agendados até o fim de 2011 e fãs por todo o Brasil, o cantor e compositor mineiro teve de superar inúmeras dificuldades.
- Muita gente tentava me desanimar, diziam que artista solo não tem espaço no sertanejo, que meu trabalho parecia com o do Zezé Di Camargo e o do Leonardo, mas nunca acreditei nisso. E consegui me firmar.
Hoje, este artista nascido em Belo Horizonte (MG) pode se dar ao luxo de lançar um DVD ousado como De Pele, Alma e Coração, gravado ao vivo no Credicard Hall, em São Paulo.
A infraestrutura inclui mais de 200 metros quadrados de painéis de led que integram o piso e outras partes da estrutura, 112 moving lights na iluminação e outros elementos técnicos inspirados em shows de Celine Diom, Elton John e U2.
O novo trabalho inclui participações especiais de Belo, Paula Fernandes e a dupla Alex & Konrado.
- Conheci o Belo em uma rádio em Ribeirão Preto (SP) e fiquei surpreso quando ele me disse que via muito o meu primeiro DVD, que a família dele era minha fã. E aí surgiu o clima para eu convidá-lo para gravar comigo. Ele é o Eduardo Costa do samba, um artista muito popular em seu segmento.
Quanto a Paula Fernandes e Alex & Konrado, ele dá outras justificativas.
- A Paula marca por ser uma novidade na música sertaneja, é algo raro uma mulher em carreira solo nesse meio, e o público dela é mais exigente. E sou fã do Alex & Konrado, é uma dupla nova com muito futuro, quis dar espaço para eles.
O DVD inclui sucessos da carreira de Eduardo Costa e também cinco músicas inéditas.
Uma surpresa é um pot-pourry com duas músicas do Roupa Nova, Meu Universo é Você/Volta Pra Mim, com levada eletrônica.
- Queria fazer uma experiência com música eletrônica, e achei as músicas deles muito mais adequadas para isso do que as minhas. Adorei. Para mim, o Roupa Nova é uma banda que abrange todos os estilos, seja rock, sertanejo, jazz, qualquer estilo.
A música sertaneja conseguiu se manter no topo nesses anos todos, mesmo com o surgimento de outros modismos. Eduardo tem uma opinião sobre isso.
- Os artistas do segmento sertanejo respeitam muito o espaço um do outro, não há concorrência desleal, e todos procuramos nos manter atualizados, ligados com o que está acontecendo. A gente investe muito em nossos próprios trabalhos, em bandas, em profissionalismo.
(Fabian Chacur, do R7)